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LIXO ELETRÔNICO: O LIXO QUE NÃO PRECISA SER LIXO

Atualizado: 6 de jul. de 2023

A TV não tem mais conserto, o smartphone ficou ultrapassado e no armário estão encostados vários dispositivos que perderam a sua utilidade. Que atire o primeiro carregador de celular quem não tem algum dispositivo sem uso guardado numa gaveta em casa.


Antes, os aparelhos eletrônicos eram descartados quanto paravam de funcionar ou apresentavam defeito sem possibilidade de conserto. Mas hoje, a troca de aparelhos eletrônicos ocorre com muito mais frequência, pois a produção acelerada e o lançamento de novas tecnologias tornam versões anteriores, especialmente de celulares e computadores, rapidamente obsoletas.


O descarte de dispositivos que funcionam por meio de energia elétrica, pilhas ou baterias é o que compõe o lixo eletrônico, também conhecido como Resíduo de Equipamentos Eletroeletrônicos – REEE ou e-lixo (e-waste, em inglês).


O Monitor Global de Lixo Eletrônico 2020 da ONU registrou um recorde de 53,6 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos gerados em todo o mundo em 2019. Em cinco anos, houve um aumento de 21%.


O acúmulo de lixo eletrônico tornou-se um sério problema ambiental, visto que estes materiais apresentam um longo tempo de decomposição na natureza. Um cartucho de tinta para impressora, por exemplo, pode levar até 400 anos para se decompor. Além disso, a maioria dos dispositivos eletrônicos contém elementos tóxicos como mercúrio e cádmio, os quais podem vazar no solo, ar e água, caso não sejam processados de forma correta, contaminando espécies da flora, fauna e até mesmo o ser humano.


Uma alternativa viável para evitar ou diminuir os danos provocados pelo e-lixo é a reciclagem de seus componentes. O processo de reciclagem se inicia com a coleta ou recebimento do material. Logo após, os aparelhos são desmontados por um processo denominado manufatura reversa, um movimento inverso ao de uma linha de montagem. Cada material é classificado (plásticos, metais, placas de circuito, vidros, metais pesados, elementos químicos etc). Os materiais que podem ser reciclados são encaminhados para esse fim.


No entanto, as placas de circuito impresso (PCIs), utilizadas em praticamente todos os equipamentos eletrônicos ou de tecnologia são de difícil reciclagem pois possuem em sua composição metais pesados como chumbo, cobre, cádmio e níquel e também metais preciosos como o ouro, prata e a platina. Esses elementos podem ser coletados e vendidos para reuso na fabricação de novos produtos. Além de reduzir os impactos do descarte de resíduos, a reciclagem é uma alternativa à mineração convencional, que pode gerar novos modelos de negócio gerando empregos e contribuir para uma economia circular.


De acordo o relatório global da ONU sobre o tema, a quantidade de lixo eletrônico descartado incorretamente em 2019 significou US$57 bilhões em ouro, prata, cobre, platina e outros elementos de alto valor que foram, em sua maioria, despejados ou queimados em vez de serem coletados para tratamento e reutilização.



Conscientização sobre o lixo eletrônico


É de responsabilidade de produtores e consumidores finais o descarte correto de resíduos sólidos, dentre eles, o impacto do lixo eletrônico, a partir da Lei no 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS. Porém, para que haja uma mudança desde o consumo exagerado de eletroeletrônicos até ao descarte igualmente inadequado é necessária a conscientização e a mobilização de todos acerca do assunto.


Em 2017 foi anunciado um plano de implantação de Centros de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores (CRC) pelo Governo do Brasil, integrando o projeto Inclusão Digital, que “visa recuperar computadores descartados anualmente pelos órgãos governamentais e pela iniciativa privada e destiná-los à telecentros, escolas e bibliotecas”.


A DIGA Tecnologia também faz sua parte: em 2022, destinou mais de 673 Kg de equipamentos que não eram mais utilizados ao descarte consciente, recolhidos por entidades especializadas em dar destino correto ao e-lixo.


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